A abertura da III Conferência de Cultura, aconteceu, na sexta-feira (5/8), no Espaço do Encontro, na Prefeitura de Contagem, com a presença de várias lideranças políticas, comunitárias e membros da sociedade civil. Entre os presentes, a prefeita de Contagem, Marília Campos, e o ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira.
Foram destacadas questões referentes à cultura e as tradições da cidade, ressaltando a importância do avanço cultural no município e da participação popular com debates com os diversos agentes culturais da cidade. Segundo a prefeita Marília Campos, antes da conferência, foram realizadas várias pré-conferências, com o levantamento de ideias para serem apresentados nos próximos dias.
Os debates da III Conferência de Cultura vão até 13 de agosto com as plenárias finais. A conferência segue uma programação extensa. Entre os dias 7 e 10 de agosto, a sociedade civil também pode acessar a plataforma https://decidim.contagem.mg.gov.br/processes e colaborar com ideias e projetos culturais para Contagem.
Para Marília Campos, é fundamental debater políticas e ideias junto à população, com possibilidades de participações populares para que ações e realizações aconteçam. “A cultura é de uma imensa importância e ela precisa ser vista de uma forma diferente. É gratificante ser parada por alguém que disse que hoje há um suporte para que ele participe de um edital; assim como também é promover arraiás, shows, revitalizações de locais importantes da cidade. E muitos desses pontos têm sido possíveis com a participação da população, com as observações, com as orientações e demandas que chegam até nós. Temos uma missão, que é fazer uma Contagem para os contagenses, para que não haja necessidade de ir até outra cidade para buscar algo, como cinema, teatro. É importante, também, a cidade conhecer seus talentos, aquilo que é daqui”, destacou.
Nessa mesma linha, o ex-ministro Juca Ferreira ressaltou a importância das conferências, lembrando que as propostas apresentadas e os debates devem ser valorizados. “Sempre defendi que aquilo que vem das conferências precisam ser levadas em conta. Quem sabe das demandas é a pessoa que está naquele lugar, naquele território. O Poder Público pode até ter uma ideia, mas é preciso ouvir. E mais: precisa-se estar aberto para as propostas, para as ideias. Se aquilo que vier das conferências for mais lúcido e certeiro, é preciso analisar e considerar a possibilidade de alterar o planejamento a fim de conseguir atingir objetivos de uma forma equilibrada e sensata”.
Juca falou, ainda, da importância da cultura de um local por meio da participação popular e das memórias das comunidades. “Não é incomum que diversas políticas, sejam locais ou nacionais, não levem adiante algumas práticas ou tradições. Isso, com o tempo, coloca diversas tradições à margem e muito disso pode ser perder, principalmente, no conhecimento dos jovens. Diante disso, é fundamental que a população não deixe de participar e faça questão de construir o futuro lembrando do passado sempre. Além disso, é preciso ter uma construção em conjunto das políticas políticas culturais, democratizando-as. A cultura é de fundamental importância para o nosso país, principalmente se houve diálogo e ações”, disse.
A diretora-geral da Funalfa, Giane Elisa Sales de Almeida, acrescentou que “as propostas da conferência precisam trazer as necessidades e o equilíbrio necessário para que seja entendido o papel primordial da cultura na vida das pessoas e até mesmo no desenvolvimento de políticas públicas de outras áreas”.
Segundo ela, é preciso entender a importância das pessoas, das histórias, das tradições e ouvir quem, de fato, é produtor de cultura. “De tempos em tempos, muitas vozes foram silenciadas. Mas quem dialoga, debate e ouve, muda essa prática e contribui para que a cultura seja essencial”.
Por fim, a secretária de Cultura, Monique Pacheco, salientou a formatação do evento e como ele foi constituído. “Foram oito encontros por todas as regionais. Ideias levantadas, que serão debatidas e avaliadas. Tudo foi construído com muitas mãos, com o auxílio popular o tempo todo”, disse.
“Nosso intuito é valorizar nossos espaços culturais, nossa gente, nossa arte, abrangendo todos os territórios e linguagens culturais, fomentar iniciativas, gerar e circular as várias possibilidades de riqueza, sejam elas econômicas ou simbólicas a partir da cultura e da arte, com a proteção do patrimônio e sua importância dentro do contexto urbano com uso e ocupação significante, ressignificando, criando uma cultura do bem viver na cidade, a parte de um trabalho coletivo, de participação social, inspirado no saber dos tradicionais nas novas formas de expressão da complexidade e da beleza das agentes de Contagem”.
A conferência contou ainda com as presenças do subsecretário de Cultura, Marcelo Bones; a diretora-geral da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage - Funalfa, Giane Elisa Sales de Almeida; Toinzinho, dos Ciriacos e Maria Goreti, da Comunidade dos Arturos; além de secretários, subsecretários, assessores, administradores regionais e membros da sociedade civil.
Programação
6/8: Discussão de propostas pelos grupos de trabalhos
Local: Espaço do Encontro (Tenda da Prefeitura)
Horário: 1h3 às 17h
A partir das 18h30: Shows na praça da Jabuticaba, com Raphael Sales e Chico César
7/8 a 10/8: Livres envios de propostas pela sociedade civil a serem analisados pelos grupos de trabalho formados por delegados eleitos nas pré-conferências pela plataforma virtual https://decidim.contagem.mg.gov.br/processes
12/8: Encontro de grupos de trabalhos e discussões sobre demais temas
13/8: Plenárias finais
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